POESIAS DE ANTÓNIO VIEIRA LISBOA
Aventalinho azul
Não venhas mais descalça pela erva
com teu Aventalinho azul aos folhos.
Nem imaginas como isso enerva
e como isso faz mal aos olhos.
Se a erva se arrepia quando a calcas
e – leve – mal Te sente o Teu contacto
eu sinto-Te o ardôr que não recalcas
e que esconder não sabe o Corpo intacto.
Faz-me ciúme a erva chã que pisas
e que o Ribeiro logo a sêde lima.
A erva pode ver-Te as pernas lisas
olhando curiosa para cima.
Vem-me pensamentos que não ouso
pô-los em frente dos meus próprios olhos.
Por favor deixa ao menos em reposo
o teu aventalinho azul aos folhos.
A influência do lima
Lima! Mal sabes como em mim influi
tua paisagem doce, azul e calma…
mal sabes como nela se dilui
e a si reflui depois a minha Alma.
Ambição, glória vã … teu curso exclui.
Entre milénios, o ódio não te encalma …
O vingador sem lei que d’antes fui
o teu sereno rumo em mim acalma.
A Vida, até aqui amarescente,
branda e suave em teu redor desliza
com amoroso, promissório brilho.
Meus campos, tua água fertiliza …
Que de ti surja aquela moça ardente
que em flor me dê na Primavera um filho.
Do Livro, Chão de Amor
Não venhas mais descalça pela erva
com teu Aventalinho azul aos folhos.
Nem imaginas como isso enerva
e como isso faz mal aos olhos.
Se a erva se arrepia quando a calcas
e – leve – mal Te sente o Teu contacto
eu sinto-Te o ardôr que não recalcas
e que esconder não sabe o Corpo intacto.
Faz-me ciúme a erva chã que pisas
e que o Ribeiro logo a sêde lima.
A erva pode ver-Te as pernas lisas
olhando curiosa para cima.
Vem-me pensamentos que não ouso
pô-los em frente dos meus próprios olhos.
Por favor deixa ao menos em reposo
o teu aventalinho azul aos folhos.
A influência do lima
Lima! Mal sabes como em mim influi
tua paisagem doce, azul e calma…
mal sabes como nela se dilui
e a si reflui depois a minha Alma.
Ambição, glória vã … teu curso exclui.
Entre milénios, o ódio não te encalma …
O vingador sem lei que d’antes fui
o teu sereno rumo em mim acalma.
A Vida, até aqui amarescente,
branda e suave em teu redor desliza
com amoroso, promissório brilho.
Meus campos, tua água fertiliza …
Que de ti surja aquela moça ardente
que em flor me dê na Primavera um filho.
Do Livro, Chão de Amor
Etiquetas: figuras do mundo, figuras Limianas, Poetas, Poetas Limianos, Ponte de Lima
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial