A TERRA DE PONTE: TRIBUTO AO POETA ANTÓNIO VIEIRA LISBOA









domingo, 25 de maio de 2008

TRIBUTO AO POETA ANTÓNIO VIEIRA LISBOA

NEM QUERES VER-ME

Nem queres ver-me…
e tenho pena, muita pena. É ainda cedo
Para acabar.

Se tu quizesses ver-me!

Mas é de Ti que vem o mêdo
Ou foi por quanto Te disseram?

Pois todas Essas que julguei gostar
ou talvez gostasse
nunca souberam
a si prender-me.

Talvez ficasse numa… e às outras não chegasse,
!?mas todas Elas que fizeram
para reter-me?!

Apenas se deixaram que as amasse…

Todo o esforço
para fixar num ponto a Vida foi só meu.
Nenhuma poude ou quis
saber o que por cada uma fiz.
E o Amor em que me estorço
nunca a nenhuma me prendeu.

E Tu nem queres ver-me!...
Foges-me… e era eu que devia fugir-Te.

Tudo me leva a repelir-Te
Antes que o coração sensível
se tome de alvoroço.
…!Ai mas quero uma vez mais perder-me
do que perder um vago esbôço
de Amor possível!...

António Vieira Lisboa, Poemas de Amor e Dúvida, Livraria Portugália Lisboa

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