A TERRA DE PONTE: TRIBUTO AO POETA ANTÓNIO VIEIRA LISBOA - 1908 - 1968









domingo, 1 de junho de 2008

TRIBUTO AO POETA ANTÓNIO VIEIRA LISBOA - 1908 - 1968

LIBERTAÇÃO

Foi-se o prestígio do Teu corpo môço.
Só me prendia a Ti a carne: observo
Mas dessa posse ainda em mim conservo
Tôdo o vestígio que nas veias ouço.

Nada se acaba, extingue de repente.
…! E foram anos de servil ardor!...
Sofri da Tua Carne o Seu explendôr
sem sentir peso… doentiamente.

Anos inteiros, confundiu-me a posse
…Ah muita vez eu tenho o que suponho!...
Ia buscar a ilusão ao sonho…
!? Mas quem o amargo sinta e não adoce?!

É meu olhar mais puro, claro e aberto…
Nenhuma algema agora me acorrenta.
E tudo vive em mim e experimenta
essa alegria e alívio dum liberto.


António Vieira Lisboa
Poema do livro “ MULHERES” 1942, Bertrand- 1942

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